Lasso
Onde quente de ti
Nos silêncios em que te ouço
Te amo.
Em amplo abraço
Saciando-me na tua pele
Porque me electrizas
Nos silêncios em que te ouço
Te amo.
Em amplo abraço
Saciando-me na tua pele
Porque me electrizas
Em ondas e arrepios
Quero ler-te sedenta de enigmas
Como se me viesses de dentro
Inequívoco
Como se fosse também eu, tua pertença
Desde sempre
Nas longínquas palavras e melodias nossas
esgueiradas em memórias da alma
Como se me viesses de dentro
Inequívoco
Como se fosse também eu, tua pertença
Desde sempre
Nas longínquas palavras e melodias nossas
esgueiradas em memórias da alma
tudo regressa à raiz por ser seiva
assim pugno por nascer tua liquida
em cada nascente uma fonte como um grito
em cada canto um poeta maldito, mas profeta
em cada poema que o fogo arda indizível
que o caminho se abra em brutal emanação
como o idioma invicto
em que professo esta rendição
Camila Carreira
«Na casa defronte de mim e dos meus sonhos»
Interpretar um poema de Álvaro de Campos