Poema Sabor a paixão

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Poesía e paixão mor pecado

Envolta no vendaval da paixão
Enlevo-me em soltas fantasias
Desvendo enigmas do coração
Aspiro fundo, frescas nostalgias

O mundo dissipa-se na imensidão
Tudo se assemelha a um cenário
O protagonista é a utópica paixão
Tudo o resto é pálido e secundário

A dor apaixonada tem outro sabor
Outro sentir, que estremece e deleita
A lucidez é toda cinzas de torpor
A vida parece a cena quase perfeita

Arrasta-me pois nesse teu turbilhão
Ensurdecedor, cego e desatinado
Subjuga-me e rapta-me, Oh paixão…
Faz de mim teu mor pecado!          

  *** Camila Carreira *** 

           

Momentos de cultura e curiosidades poéticas ... 



Este poema que me transporta para o conhecido texto de Martha Medeiros.

Poema motivacional Tempestade em mim

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Tardes amenas vivendo minha a tua mão
Momentos longos, azul no céu, reflexão
Brisas verdes enchem o ar de melodias
Folhas ao vento ripadas, pairam vadias

O som luminoso do teu sorrir é meu abrigo
Refúgio casto do vil passado meu castigo
Tardes amenas emoções vagas e sem fim
Preciso ter o doce pecado que és em mim

         **** Camila Carreira***


Momentos de cultura e curiosidades poéticas... 


Poema alerta da desumanidade

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PSEUDO HUMANOS 

Que fizeste tu, humano, ao teu mundo?
Que fizeste tu, humano, à humanidade?
Do mundo fizeste teu aterro imundo
E nele semeaste tua desumanidade

Que fizeste tu humano à alegria de viver?
Que fizeste tu humano à tua sanidade?
Fizeste do gozo de viver o triste sofrer
E alhearam-te da dor sedando a realidade

Que fizeram os homens ao amor?
Que fizeste tu, humano à lealdade?
Fizeram do amor o cadafalso da dor
E executam ali, os que amam de verdade

Que fizeram os homens à paz na terra?
Que fizeram os homens à liberdade?
Criaram o dinheiro e nasceu guerra
E ei-los vassalos da fome e precariedade

Que fizeram os homens aos outros seres?
Que fizeram os homens à mãe natureza?
Sujeitaram ambos aos seus vícios e prazeres
E agora comem e bebem o lixo da impureza

Que fizeram os homens às jovens gerações?
Que fizeram os homens ao futuro da humanidade?
Corromperam as crianças com virtuais relações
Condenaram o mundo à ignorância e mediocridade

*** Camila Carreira *** 


Momentos de cultura.... 



Álvaro de Campos
E eu que estou bêbado de toda a injustiça do mundo...

Poema: Basta um sopro e esvoaça o sonho


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Minha alma ferida errática foi-te procurar
Como gaivota exausta a querer repousar
Serias pousio e refúgio para me sarar
Asilo sano e gentil, feliz por me abrigar

Nos teus abraços largos senti-me sanar
No teu peito aprisionada quis-me ficar
Escondida na noite desejando olvidar
O dia que vinha óbvio só pra me torturar

Porque basta um sopro e esvoaça o sonho
O príncipe era afinal um vil sapo medonho
Viver não é vital é só pesadelo enfadonho
Sinfonia triste amarga que já não componho

                    ****Camila Carreira ***



Momentos de cultura e curiosidades poéticas... 


A desilusão amorosa e mesmo a decepção com a vida e a forma como decorre a vida é o tema deste poema que aqui partilho. Por vezes no desespero da fadiga que nos impele para repousar, das tormentas e dos tormentos, pousamos em busca do abrigo de um amor, de paz que nos possa tranquilizar e deixar repousar das buscas incessantes por algo que dê sentido à vida. Por algo que muitas vezes nem sabemos identificar. Paz... companhia? Um abraço amigo?

Poemas e frases em Grito vermelho


camila carreira, poemas de amor rosas e cinzas, poetisa Poesía da papoila indomável

Renego ser ornato tinto de fútil jardim
Ou cato pálido ermo em estéril deserto
Quero ser tudo que sou e sei de mim
Descobrir que sentidos ébrios desperto

Serei talvez papoila ondulante e franzina
Que ostentando minha cor forte e arrojada
Inflama ímpia o silêncio verde da colina
Como grito vermelho de besta instigada

Colina será eterno jardim de ninguém
Papoila agreste, efêmera e libertária
Capturada no jardim fútil de alguém
Definhará abnegada prisioneira solitária                                                   
****Camila Carreira****


Momentos de cultura e curiosidades poéticas... 


Arquivo Pessoa - OBRA ÉDITA ·Ricardo Reis