Imagens de Prisioneira da poesia solta na nostalgia

Poesía que me inspira

É vão resistir aos sentidos que em mim despertas
Pois é nas almas tristes, secretamente flageladas
Que as palavras irrompem, como feridas abertas
E soltam emoções, em torrentes desgovernadas
Como nessas noites negras de chuvas, desnaturadas
Alvoroços da alma desprendidos em enxurradas

                      ***  Camila Carreira***








Porque me sinto prisioneira da poesia? 

Porque a poesia me domina e me impulsiona quando o que sinto é forte. Preciso escrever e sinto-me prisioneira da escrita, da musicalidade poética e dos versos, e de todo o jogo de palavras e figuras de estilo que embelezam e constroem a poesía... e nos permitem expressar coisas tão complexas como as emoções.
A poesia é uma espécie de exaltação, de grito de libertação. Um grito de afirmação. De reforço de motivações. E a sensação que me domina é que mesmo que mais ninguém me ouça quando escrevo/grito sei que eu escutar-me-ei a mim mesma.
A poesia muda-me, inspira-me, dá-me forças.
E as palavras só por isso não são suficientes, para passar a imagem, a profundidade a dor, a paixão que nos invade e esmaga. Somente através da poesia e da sua musicalidade se transmite delicias e delicadezas, somente através de metáforas e outras figuras de estilo, se expressam dores ocultas, somente encapotados pelo fingimento poético, confessamos nossos pecados.
E é na poesia que encontramos também o ombro para desabafar, o muro onde nos podemos lamentar verter lágrimas... gritar.
Creio que todos os que escrevem o fazem para se expressarem melhor e com mais intensidade!

Qual o sentido da necessidade da escrita? Por que escrever?

O princípio e motivo básico da escrita é a expressão de um pensamento, de sentimentos, de um conhecimento, de auto conhecimento, da consciencialização de momentos de introspecção e de passos de uma reflexão.
Afirmamos que a escrita é também a exposição solitária do que poderíamos ter dito mas preferimos escrever! Há coisas que precisam ser escritas e que faladas não possuem a mesma intensidade ou liberdade, e por isso nem fazem sentido faladas! Precisamos também da nossa solidão para as transcrever.
A escrita, é como o escape daquilo que está dentro de nós! Portanto, para a maioria dos que escrevem prosa ou poesia ou até tratados científicos, é uma satisfação escrever e ver nascer a sua obra.
A escrita é um ensejo viciante, quanto mais se escreve, mais se quer escrever! Escrevemos quando estamos tristes, para amenizar dores, partilhar algo nem que seja apenas para ficar num fragmento de papel; escrevemos quando estamos contentes e precisamos contar ao mundo inteiro o que sentimos a respeito daquela felicidade ou vitória conquistada; escrevemos para contar um segredo; escrevemos para dizer que estamos apaixonados; escrevemos para dizer que amamos alguém; escrevemos porque ficamos com saudades; escrevemos para deixar uma recordação para alguém; escrevemos para confortar um amigo ou encorajar um irmão…

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