Poesía e paixão mor pecado
Envolta no vendaval da paixãoEnlevo-me em soltas fantasias
Desvendo enigmas do coração
Aspiro fundo, frescas nostalgias
O mundo dissipa-se na imensidão
Tudo se assemelha a um cenário
O protagonista é a utópica paixão
Tudo o resto é pálido e secundário
A dor apaixonada tem outro sabor
Outro sentir, que estremece e deleita
A lucidez é toda cinzas de torpor
A vida parece a cena quase perfeita
Arrasta-me pois nesse teu turbilhão
Ensurdecedor, cego e desatinado
Subjuga-me e rapta-me, Oh paixão…
Faz de mim teu mor pecado!
*** Camila Carreira ***
Momentos de cultura e curiosidades poéticas ...
Este poema que me transporta para o conhecido texto de Martha Medeiros.
Também para ela a paixão é revigorante e fulcral para manter acesa a chama da vida. O turbilhão que revolve as vidas de todos que são tocados pela euforia da paixão, que é essencial para levar as pessoas a quebrarem o ciclo da morte lenta. Para avivar os moribundos. A paixão que pode ser amorosa ou qualquer outra paixão que desenvolvemos na vida, seja por uma causa, por um trabalho, por animais... é o rastilho que nos incendeia e faz mover.
Quem morre?
Morre lentamentequem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
NOTA: O poema Muere Lentamente (Morre Lentamente), atribuído por engano a Pablo Neruda, circula há anos na Internet sem que nada nem ninguém seja capaz de deter a bola de neve, ao ponto de, na Espanha, muitas pessoas terem recebido esses versos como votos online de um feliz ano-novo. Muere Lentamente é uma poesia da escritora brasileira Martha Medeiros, autora de numerosos livros e cronista do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, conforme informou à EFE a Fundação Neruda. Cansada de ver as pessoas dizendo que o poema é do poeta chileno, a própria escritora entrou em contato com a Fundação Neruda para esclarecer a autoria do texto, pois os versos coincidem em grande parte com seu texto A Morte Devagar, publicado em 2000, às vésperas do Dia dos Mortos.
Em declarações à EFE, Martha reconhece que não sabe como o poema começou a circular na internet, já que há "muitos textos" seus que estão na rede "como se fossem de outros autores". "Infelizmente, não há nada a fazer", acrescenta. A poeta e romancista brasileira de 47 anos admira profundamente o poeta chileno Pablo Neruda, de quem se declara uma fã, mas prefere que "cada um tenha seu trabalho reconhecido". No entanto, não perde o sono com essas coisas e assegura que tem "humor suficiente para rir de tudo isso".
A Fundação concorda com Martha e afirma que pouco pode ser feito para deter esta bola de neve na rede, já que ao fazermos uma busca no Google sobre o poema Muere Lentamente associado ao nome do poeta Pablo Neruda, vão aparecer milhares de referências ao poema associado ao nome do poeta.
Os poetas transmitem os seus sentimentos através da poesia.
ResponderEliminarPara os poetas é imperioso escrever o que sentem e o que pensam e principalmente o que sofrem. Obrigada pelo seu comentário
Eliminar