É vão resistir aos sentidos que em mim despertas
Pois é nas almas tristes, secretamente flageladas
Que as palavras irrompem, como feridas abertas
E soltam emoções, em torrentes desgovernadas
Como nessas noites negras de chuvas, desnaturadas
Alvoroços da alma desprendidos em enxurradas
*** Camila Carreira***
Escrever é esquecer.
A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e o representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'
Colocar os sentimentos no papel, exteriorizando-os, pode abrir espaço para o autoconhecimento.
Escrever é uma maneira eficaz de superar situações difíceis, a partir do momento que a pessoa manifesta suas angústias e sofrimentos. À medida que buscamos palavras para descrever alguma situação, conseguimos reestruturar o trauma, processar os sentimentos envolvidos na história e, finalmente, superá-la.
E os benefícios da escrita não param por aí, este tipo de experiência permite ter domínio sobre as próprias emoções, lidar harmoniosamente com os mais diversos eventos e, consequentemente, ter mais autoconhecimento. “Escrever é conhecer-se melhor a si mesmo. Ao colocar os sentimentos no papel podemos observar e reconhecer as projeções do nosso eu, ampliando o conhecimento de nós mesmos. Ou seja, por meio das palavras traduzimos o que pensamos e mostramos o reflexo do que somos.
Escrever ajuda a resolver conflitos. As reações impulsivas são frequentes quando a raiva, a tristeza ou o medo prevalecem. Nesse caso, quem decide expressar verbalmente o que sente, pode reagir com mais facilidade, inflamar as emoções e dificultar o entendimento. Por outro lado, ao escrever sobre o que incomodou, a pessoa é forçada a diminuir seu “ritmo interno” para sincronizar o pensamento às funções motoras envolvidas na escrita.
Pois é nas almas tristes, secretamente flageladas
Que as palavras irrompem, como feridas abertas
E soltam emoções, em torrentes desgovernadas
Como nessas noites negras de chuvas, desnaturadas
Alvoroços da alma desprendidos em enxurradas
*** Camila Carreira***
Momentos de cultura e curiosidades poéticas...
Bernardo Soares - Escrever é esquecer.
L. do D.Escrever é esquecer.
A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e o representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'
Colocar os sentimentos no papel, exteriorizando-os, pode abrir espaço para o autoconhecimento.
Escrever é uma maneira eficaz de superar situações difíceis, a partir do momento que a pessoa manifesta suas angústias e sofrimentos. À medida que buscamos palavras para descrever alguma situação, conseguimos reestruturar o trauma, processar os sentimentos envolvidos na história e, finalmente, superá-la.
E os benefícios da escrita não param por aí, este tipo de experiência permite ter domínio sobre as próprias emoções, lidar harmoniosamente com os mais diversos eventos e, consequentemente, ter mais autoconhecimento. “Escrever é conhecer-se melhor a si mesmo. Ao colocar os sentimentos no papel podemos observar e reconhecer as projeções do nosso eu, ampliando o conhecimento de nós mesmos. Ou seja, por meio das palavras traduzimos o que pensamos e mostramos o reflexo do que somos.
Escrever ajuda a resolver conflitos. As reações impulsivas são frequentes quando a raiva, a tristeza ou o medo prevalecem. Nesse caso, quem decide expressar verbalmente o que sente, pode reagir com mais facilidade, inflamar as emoções e dificultar o entendimento. Por outro lado, ao escrever sobre o que incomodou, a pessoa é forçada a diminuir seu “ritmo interno” para sincronizar o pensamento às funções motoras envolvidas na escrita.
Sem comentários:
Enviar um comentário