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A poesia é magia...
Na poesia os colares são de estrelas cadentes caídas do céu da boca de quem amamos.
O afeto oferece-se e disfarça-se nos detalhes e nas metáforas. Os beijos leves e fáceis, beijos doces redimem um ser só e amargo. O amor amolece... a poesía enfeitiça.
As viagens são nas asas da fantasia, não precisam de avião, e com tudo incluído. Contra as iniquidades do mundo, a poesia faz a paz e o amor, emociona e traz a força. Os jantares românticos são adoçados, cozinhados em magias, temperados de maneira extraordinária, aquele prato predileto, num jantar no jardim de casa, nus, hilários, criativos por consequência do vinho, competindo brancuras com o luar.
Pode ser que a velha chama do amor se acenda quando se cita um poema apaixonado — como o combustível dos vagalumes — corações em estado de latência, explodem. Pode ser que a ciência confirme, para o desagravo dos poetas por opção, que amar faça bem à saúde dos que se afeiçoaram à solidão.

Amor é fogo que arde sem se ver (Luís Vaz de Camões)
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?